O Conselho de Direitos Humanos, criado em 2006 e com sede em Genebra, é um órgão intergovernamental composto por 47 países, que são eleitos para mandatos de três anos. Historicamente, os Estados Unidos sempre se posicionaram como membros observadores desse conselho, argumentando contra sua criação na época. A postura crítica de Trump reflete um descontentamento com o que ele considera um financiamento desproporcional da ONU, em que os EUA, segundo ele, investem significativamente mais do que outros países, sem receber o devido retorno em termos de políticas e ações efetivas.
Na mesma coletiva de imprensa, Trump fez declarações polêmicas sobre a situação dos palestinos na Faixa de Gaza, afirmando que eles não têm escolha a não ser deixar a região, que descreveu como um “local de demolição”. Ele expressou preocupação com as dificuldades de vida enfrentadas pela população local, enfatizando que o local é inseguro e insalubre, citando a destruição generalizada como um grande problema.
Trump também mencionou a UNESCO, a agência da ONU para educação e cultura, descrevendo-a como demonstradora de um preconceito antiamericano e chamando a atenção para a necessidade de uma revisão do financiamento e participação dos EUA em várias agências da ONU. As implicações dessas decisões podem afetar não apenas a diplomacia americana, mas também a dinâmica das relações internacionais, especialmente no que se refere ao Oriente Médio, onde a situação já é delicada.
Assim, a retirada dos EUA do Conselho de Direitos Humanos pode ser vista como um passo em uma direção mais isolacionista por parte da administração Trump, que promete reavaliar sua estratégia e engajamento global com base em considerações de custos e benefícios de sua participação nas várias agências da ONU. O futuro comprometimento dos Estados Unidos com questões globais de direitos humanos e ajuda humanitária agora está em questão, à medida que a administração continua sua abordagem crítica em relação à ONU e suas operações.









