A missão permanente da China na OMC enfatizou que essas tarifas não apenas desconsideram as diretrizes do sistema multilateral de comércio, mas também afetam a estabilidade das cadeias globais de suprimentos. A declaração destaca que tais ações dificultam a interdependência econômica que tem sido essencial para o crescimento e desenvolvimento de ambos os países nos últimos anos.
Além das tarifas direcionadas à China, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também anunciou medidas semelhantes contra o Canadá e o México, incluindo tarifas de 25% sobre a importação de produtos canadenses e a suspensão temporária das taxas para produtos mexicanos para permitir negociações. Estes passos fazem parte de uma estratégia mais ampla que os EUA têm adotado em relação ao comércio internacional, especialmente com nações que, segundo a administração, não estão cumprindo os acordos desejados.
Em resposta às ações americanas, o Ministério do Comércio da China já informou que está se preparando para apresentar uma queixa formal à OMC, argumentando que as tarifas representam não apenas um ataque às regras do comércio global, mas também uma ameaça à estabilidade econômica, que pode gerar repercussões negativas em outros setores da economia mundial.
A deterioração das relações comerciais entre essas potências tem implicações significativas para as economias globais, visto que tanto os Estados Unidos quanto a China são, juntas, responsáveis por uma proporção significativa das trocas comerciais mundiais. Com a crescente complexidade das relações internacionais, o medo é que a continuação desta guerra comercial possa desestabilizar não apenas a economia dos países envolvidos, mas também levar a uma desaceleração econômica global.