EUA reconhecem dificuldade em reduzir dependência energética da Rússia e China, afirmando que transição para fontes alternativas será lenta e complexa.



Em recente declaração, o secretário de Estado Adjunto para Recursos Energéticos dos Estados Unidos, Geoffrey Pyatt, abordou a complexa situação da dependência energética do país em relação à Rússia e à China. Pyatt destacou que cerca de 20% do combustível nuclear americano ainda é proveniente da Rússia, e essa dependência é reconhecida como um desafio significativo para a segurança energética do país. A transição para fontes alternativas não russas, segundo o oficial, exigirá um tempo considerável e um esforço coordenado no desenvolvimento de uma nova cadeia de suprimentos.

Em agosto de 2024, os Estados Unidos implementaram uma proibição temporária da importação de urânio russo, uma decisão que foi amplamente debatida e aprovada pelo Congresso, recebendo a assinatura do presidente Joe Biden. Essa norma legislativa tem validade até 31 de dezembro de 2040, mas a possibilidade de exceções permite que o Departamento de Energia, em conjunto com outros órgãos do governo, continue permitindo a importação de urânio em situações que sejam consideradas do interesse nacional. Esta brecha levanta questões sobre a efetividade da proibição e a real capacidade de os EUA se desassociarem de seus fornecedores tradicionais.

Além disso, Pyatt também lançou luz sobre a preocupante dependência americana das importações de minerais críticos e metais de terras raras da China. Ele enfatizou a necessidade de aumentar a oferta interna desses recursos para viabilizar o crescimento energético sustentável e atender a metas de descarbonização. O cenário atual revela que o país enfrenta uma situação insustentável, com a maioria desses minerais vindo da China, especialmente em processos de mineração e refino.

Nesse contexto, os EUA buscam diversificar suas fontes de suprimento, explorando novas parcerias que vão de nações na Europa Oriental até a América Latina. Essa estratégia visa não apenas garantir o abastecimento, mas também reduzir a vulnerabilidade a oscilações geopolíticas que acompanham a dependência de potências adversárias. A reestruturação necessária para o fortalecimento da autonomia energética representa um dos grandes desafios que o país precisa enfrentar nos próximos anos.

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