EUA Realizam Treinamento Militar na Selva do Panamá Após 20 Anos em Ação Estratégica de Defesa e Combate ao Tráfico de Drogas.

EUA Reativam Treinamentos Militares no Panamá Após Duas Décadas

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos deu início ao envio de tropas para o Panamá, marcando o retorno de treinamentos militares na região após um hiato de 20 anos. Esse movimento envolve uma missão de três semanas para soldados e fuzileiros navais, cujo objetivo é direcionar exercícios em um ambiente adverso e desafiador.

Considerada uma das selvas mais implacáveis do mundo, a localização escolhida apresenta diversas dificuldades, como a presença de cobras venenosas e uma densa vegetação, que complicam a comunicação, o uso de dispositivos de visão noturna e a evacuação de feridos em situações de emergência. Por esse motivo, o treinamento é apelidado de “inferno verde”, em referência às experiências enfrentadas durante a Guerra do Vietnã. Os exercícios estão sendo realizados na Base Aeronaval Cristóbal Colón, em território panamenho.

De acordo com relatos, o programa possui um alcance “relativamente pequeno”, mas há previsões de expansão ao longo do próximo ano. Alex Plitsas, ex-funcionário do Pentágono e atualmente membro do Atlantic Council, sugeriu que essa iniciativa reflete um ressurgimento do interesse dos EUA pela América do Sul, embora a administração do presidente Donald Trump tenha enfatizado que o treinamento não é uma preparação para ações militares na Venezuela, apesar das recentes tensões na região.

A administração Trump, que já demonstrou seu desejo de intensificar a presença militar no Panamá, alega que o combate ao narcotráfico é uma prioridade de segurança nacional. Em abril passado, o presidente mencionou que diversas tropas foram transferidas para o país com a intenção de retomar o controle de áreas estratégicas.

Além disso, a mobilização de tropas norte-americanas no Panamá se insere em um contexto mais amplo de estratégias regionais, onde Washington busca fortalecer suas alianças e agir de forma preventiva perante ameaças percebidas na América Latina. Esse clima de incerteza levanta questionamentos sobre as intenções dos EUA e a possível repercussão em suas relações diplomáticas com os países da região.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo