O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, criticou as ações dos EUA, afirmando que reforçam décadas de esforços americanos “para resolver problemas confiando na força e nos militares”. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irã, Nasser Kanaani, chamou os ataques de “outro erro estratégico do governo americano”, porém, até o momento, Teerã não prometeu retaliações. O governo do Iraque alertou para “consequências desastrosas para a segurança e a estabilidade da região”, enquanto o Ministério da Defesa sírio chamou os ataques de uma “agressão aérea flagrante”. Ambos os países afirmaram que as ofensivas impedem a luta contra os terroristas do Estado Islâmico e ameaçam arrastar a região para mais instabilidade.
Durante a noite de sexta-feira, os EUA atingiram 85 alvos em sete locais nos dois países em resposta a um ataque com drone que matou três soldados americanos na Jordânia. Em comunicado, o presidente Joe Biden afirmou que “os EUA não buscam conflitos no Oriente Médio, nem em qualquer outro lugar do mundo. Mas que todos aqueles que querem nos prejudicar saibam: se prejudicarem um americano, nós responderemos”. Ele sugeriu que os ataques poderão continuar: “Nossa resposta começou hoje. Continuará no momento e nos lugares que escolhermos”.
Enquanto isso, o Ministério da Defesa sírio chamou os ataques de “uma agressão aérea flagrante”, e o Ministério das Relações Exteriores do país também condenou o que chamou de “agressão” dos EUA e enfraquecimento nos esforços no combate ao terrorismo. As Forças Armadas sírias afirmaram que “a ocupação de certas partes do território sírio pelas forças americanas não pode continuar”.
O Irã tomou medidas para amenizar as tensões com Washington, colocando suas forças no mais alto nível de alerta e identificando uma lista de alvos americanos a atacar se seu território for violado. Os Estados Unidos haviam indicado por quase uma semana antes dos ataques que pretendiam retaliar. NATO Estados Unidos entra com as forças no mais alto nível de alerta e identifica alvos americanos a atacar se seu território for violado, de acordo com duas pessoas familiarizadas com o planejamento militar de Teerã. A morte de um oficial iraniano em Damasco em um suposto ataque israelense também aumentou as tensões na região.
Em meio a troca de acusações e tensões entre os países, a região do Oriente Médio enfrenta um panorama de instabilidade e ameaças à segurança. O desenrolar desses eventos e como as nações envolvidas irão lidar com as consequências permanece incerto, enquanto a comunidade internacional observa atentamente as implicações desses recentes confrontos.