EUA preveem arrecadação superior a US$ 120 bilhões com novas tarifas sobre importações do G7, impactando comércio e economia global em 2025.



Na última quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, formalizou uma mudança significativa nas políticas comerciais do país ao assinar uma ordem executiva que estabelece uma tarifa básica de 10% sobre todas as importações. Essa nova política tarifária será implementada a partir do dia 5 de abril e está sendo amplamente comentada como uma medida que reforçará o orçamento nacional em mais de US$ 120 bilhões anualmente, especialmente em relação aos países do Grupo dos Sete (G7).

A regulamentação inclui tarifas adicionais, que serão aplicadas a países com os quais os EUA possuem grandes déficits comerciais. Os efeitos das novas tarifas devem ser sentidos de forma acentuada nas importações provenientes de nações como França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido, Canadá e outros. O impacto financeiro previsto é baseado em volume de importações mantido em níveis semelhantes ao do ano anterior.

A análise das importações demonstra que, por exemplo, as mercadorias trazidas da França para os EUA totalizaram cerca de US$ 59,9 bilhões, o que pode resultar em quase US$ 12 bilhões em receitas tarifárias. No caso da Alemanha, as importações alcançaram US$ 160,4 bilhões, levando a uma expectativa de arrecadação de US$ 32,1 bilhões. Já a Itália, com importações de US$ 76,4 bilhões, poderia gerar US$ 15,3 bilhões. As transações com o Japão, que somaram US$ 148,2 bilhões, podem render US$ 35,6 bilhões para o caixa americano.

O Reino Unido e o Canadá também estão no radar das novas tarifas. As importações britânicas totalizaram US$ 68,1 bilhões, contribuindo com US$ 6,8 bilhões, enquanto o Canadá, um parceiro comercial histórico, poderia gerar mais de US$ 18 bilhões em receitas tarifárias ao longo do ano.

Esse movimento, além de reforçar o orçamento, sinaliza uma nova era de protecionismo nas relações comerciais dos Estados Unidos, cujo objetivo aparente é não apenas fortalecer a economia interna, mas também fazer frente a outros gigantes econômicos em um cenário global cada vez mais competitivo. As tarifas não são apenas uma questão econômica, mas também uma manifestação das tensões que permeiam as relações internacionais contemporâneas, especialmente entre potências tradicionais como os membros do G7. Com isso, o futuro do comércio global poderá ser moldado por essas decisões estratégicas.

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