EUA pressionam Israel para resolver crise em Gaza e elevar índices de aprovação de Kamala Harris antes das eleições presidenciais de 2024



A recente pressão dos Estados Unidos sobre Israel para que resolva a crise humanitária na Faixa de Gaza dentro de um mês está sendo analisada sob a perspectiva das próximas eleições presidenciais americanas. Especialistas sugerem que essa manobra visa elevar a popularidade da vice-presidente Kamala Harris, que é candidata do Partido Democrata. O desafio da administração Biden está em proporcionar uma narrativa de sucesso na política externa, especialmente quando outros esforços de diplomacia, como a situação na Ucrânia, não estão apresentando os resultados esperados.

Na terça-feira, 16 de outubro de 2024, foi reportado que os secretários de Estado e Defesa dos EUA, Antony Blinken e Lloyd Austin, respectivamente, enviaram uma comunicação ao governo israelense, ameaçando com um embargo de armas caso não haja um progresso significativo em relação à crise em Gaza. Essa abordagem foi classificada como uma tentativa “desumana” de forçar um cessar-fogo, uma vez que tanto Israel quanto o Hamas parecem estar em posições irreconciliáveis, cada um perseguindo objetivos diametralmente opostos.

O especialista Andrei Zeltyn, professor sênior na Escola de Estudos Orientais da Escola Superior de Economia da Rússia, destacou que as disputas internas dentro de Israel e a dinâmica política do Oriente Médio complicam a possibilidade de um acordo de paz. Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, estaria mais inclinado a apoiar a campanha do ex-presidente Donald Trump em vez da atual administração, que ele vê com desconfiança.

Essa situação configura-se como um ponto crítico no relacionamento entre os EUA e Israel, com perspectivas negativas em função da intransigência de ambos os lados do conflito. Enquanto os EUA buscam conquistar o eleitorado demonstrando ações efetivas na arena internacional, a possibilidade de um cessar-fogo real entre Israel e Hamas parece distante, o que pode prejudicar não apenas a imagem do governo Biden, mas também as aspirações políticas de Harris, em um cenário eleitoral já incerto.

À medida que o dia das eleições se aproxima, o desfecho dessa pressão e suas repercussões no Oriente Médio tendem a se tornar um importante indicador da eficácia da abordagem diplomática dos democratas. A situação no local continua crítica e é visivelmente complexa, exigindo cautela nos passos que estão sendo dados.

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