Na terça-feira, 16 de outubro de 2024, foi reportado que os secretários de Estado e Defesa dos EUA, Antony Blinken e Lloyd Austin, respectivamente, enviaram uma comunicação ao governo israelense, ameaçando com um embargo de armas caso não haja um progresso significativo em relação à crise em Gaza. Essa abordagem foi classificada como uma tentativa “desumana” de forçar um cessar-fogo, uma vez que tanto Israel quanto o Hamas parecem estar em posições irreconciliáveis, cada um perseguindo objetivos diametralmente opostos.
O especialista Andrei Zeltyn, professor sênior na Escola de Estudos Orientais da Escola Superior de Economia da Rússia, destacou que as disputas internas dentro de Israel e a dinâmica política do Oriente Médio complicam a possibilidade de um acordo de paz. Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, estaria mais inclinado a apoiar a campanha do ex-presidente Donald Trump em vez da atual administração, que ele vê com desconfiança.
Essa situação configura-se como um ponto crítico no relacionamento entre os EUA e Israel, com perspectivas negativas em função da intransigência de ambos os lados do conflito. Enquanto os EUA buscam conquistar o eleitorado demonstrando ações efetivas na arena internacional, a possibilidade de um cessar-fogo real entre Israel e Hamas parece distante, o que pode prejudicar não apenas a imagem do governo Biden, mas também as aspirações políticas de Harris, em um cenário eleitoral já incerto.
À medida que o dia das eleições se aproxima, o desfecho dessa pressão e suas repercussões no Oriente Médio tendem a se tornar um importante indicador da eficácia da abordagem diplomática dos democratas. A situação no local continua crítica e é visivelmente complexa, exigindo cautela nos passos que estão sendo dados.