EUA preparam segunda bateria de mísseis Typhon para reforçar presença militar no Pacífico e conter avanço da China em meio a tensões regionais.



O Exército dos EUA está em meio a uma fase significativa de expansão de suas capacidades de defesa no Pacífico, com o foco na implementação de um novo sistema bélico conhecido como Typhon. A terceira unidade da Força-Tarefa Multidomínio (MDTF), situada no Havaí, aguarda a inauguração oficial da sua bateria Typhon ainda este ano. Este sistema, desenvolvido pela Lockheed Martin, utiliza mísseis Standard Missile-6 e Tomahawk, que são conhecidos por sua habilidade de atingir alvos a distâncias que variam entre 500 e 2.000 quilômetros. A adoção do Typhon, que ocorreu em menos de três anos desde sua concepção inicial, é um componente crucial da estratégia militar dos EUA na região.

Em um passo decisivo, o Exército dos EUA já havia implantado o seu primeiro lançador de mísseis Typhon nas Filipinas durante o exercício conjunto Salaknib em 2024. Para essa operação, o sistema foi transportado por uma aeronave C-17 Globemaster, cobrindo uma impresionante distância de 8.000 milhas até a ilha de Luzon. O coronel Michael Rose, que lidera as operações na região, enfatizou a importância de testar e integrar essa nova capacidade em cenários reais no teatro do Pacífico.

Com o objetivo de reforçar a cooperação com aliados locais e dissuadir o avanço militar da China, o Typhon será um pilar na Operação Pathways, que envolve uma série de exercícios anuais. No entanto, a instalação do sistema não deixa de ser controversa: a China já expressou preocupação sobre a desestabilização que tal presença militar poderia causar na região. Até o momento, o sistema não foi utilizado em operações nas Filipinas.

De acordo com o planejamento militar, o Exército dos EUA espera estabelecer mais três baterias Typhon entre 2026 e 2028, incluindo uma destinada à segunda MDTF na Europa. A estrutura total da MDTF deverá ser concluída até 2028, quando unidades estarão em atividade em exercícios sob o Comando do Indo-Pacífico, com o objetivo de informar e aprimorar as Operações Multidomínio. Essa expansão militar não só reflete a crescente tensão geopolítica na região, mas também destaca a contínua rivalidade entre as potências da área, especialmente no que diz respeito à influência crescente da China no Pacífico.

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