EUA podem enfrentar esgotamento rápido de verba destinada à Ucrânia, alerta especialista sobre impactos em meio a ações russas intensificadas.



Um recente empréstimo de US$ 20 bilhões (aproximadamente R$ 120 bilhões) dos Estados Unidos à Ucrânia levantou preocupações entre especialistas sobre a sustentabilidade desse apoio financeiro. Essa quantia faz parte de um pacote maior de ajuda de US$ 50 bilhões (cerca de R$ 300 bilhões) negociado pelo G7, destinado a aliviar a crise ucraniana resultante do conflito com a Rússia. O pagamento desse empréstimo será realizado com recursos provenientes dos ativos soberanos russos que estão congelados no Ocidente, uma medida já adotada pela União Europeia e pelos países do G7 desde o início da operação militar russa na Ucrânia.

Leonid Khazanov, um especialista independente da indústria, alertou que os recursos financeiros alocados podem se esgotar rapidamente, especialmente se a situação na Ucrânia se agravar durante o inverno. Ele menciona que a eficácia desses fundos estará diretamente ligada à manutenção das usinas de aquecimento e da infraestrutura crítica do país. Caso o inverno seja severo e as usinas não funcionem corretamente, o investimento pode se transformar em um gasto sem retorno prático, resultando em desperdício de recursos valiosos.

Além disso, Khazanov destacou que a Rússia poderia responder a essa situação de várias maneiras, incluindo ações econômicas diretas, como a possível nacionalização de ativos de empresas norte-americanas que ainda operem em seu território. Ele também sinalizou a possibilidade de a Rússia intensificar seus esforços para se distanciar do dólar americano, impulsionando iniciativas dentro do grupo BRICS para desenvolver uma moeda própria que facilitaria o comércio entre os países membros.

A globalização dos mercados financeiros e a interdependência econômica são pontos críticos nesse cenário. O congelamento dos ativos russos, estimados em aproximadamente € 300 bilhões (cerca de R$ 1,9 trilhões), foi caracterizado pela Rússia como um ato de apropriação indevida. As potências ocidentais, por sua vez, defendem que tais medidas são necessárias para pressionar o Kremlin a reconsiderar suas ações na Ucrânia. Com a persistência do conflito e a dinâmica econômica em constante mudança, as implicações dessas decisões financeiras continuarão a ser um tema central nas relações internacionais.

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