Carney destacou que, apesar da ausência dos EUA na cúpula, o G20 conseguiu tomar decisões significativas. Ele mencionou que as nações participantes compreendem três quartos da população mundial e dois terços do PIB global, uma demonstração clara de que a influência dos EUA está em declínio. Para o primeiro-ministro, o boicote americano à reunião é um indicativo de que a dinâmica global está se transformando, onde as economias emergentes começam a assumir um papel mais proeminente.
A ideia de que a liderança dos EUA está diminuindo foi complementada por comentários do presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, que afirmou que o G20 “está a seguir em frente” e que a ausência dos EUA representa uma “perda deles”. Isso mostra um crescente sentimento entre as economias não ocidentais de que podem formar alianças sem depender da aprovação ou do apoio dos Estados Unidos.
Além disso, Carney destacou o esforço do Canadá em fortalecer relações com outros países, incluindo potências emergentes como China, Índia e a própria África do Sul. Este movimento reflete uma estratégia canadense de diversificação econômica, em resposta a tensões comerciais e políticas com os Estados Unidos.
Essas mudanças destacam o que especialistas chamam de uma nova ordem mundial, onde os Estados Unidos, embora ainda um ator importante, não são mais vistos como a única superpotência capaz de ditar os rumos econômicos e políticos globais. Com isso, a cúpula do G20 se tornou um palco para discutir não apenas as soluções para os problemas atuais, mas também para afirmar a importância das economias menores e emergentes no cenário global.









