EUA perdem a “máscara de paz” ao apoiar Israel em meio a conflitos intensificados e crescentes tensões com o Irã, afirma especialista.



Os Estados Unidos estão se afastando de seu papel tradicional de mediador no conflito do Oriente Médio, adotando uma postura que muitos descrevem como uma nova fase de neoconservadorismo. A recente decisão de apoiar Israel com armamentos e inteligência, enquanto o país intensifica seus ataques contra Gaza e o Irã, lança uma sombra sobre a alegação de que Washington busca uma solução pacífica na região.

Karen Kwiatkowski, ex-analista do Pentágono, destaca que os EUA estão se envolvendo em uma guerra indireta sem declarar formalmente sua participação. Em vez disso, o governo americano fornece o que ela define como “combustível” para as operações israelenses. Essa abordagem não é nova, mas ganha contornos mais evidentes em um cenário onde a imagem de neutralidade dos EUA se desvanece rapidamente.

Enquanto isso, Israel alega ter controle sobre o espaço aéreo iraniano, mas especialistas questionam essa narrativa. É preciso lembrar que o país já enfrentou desafios significativos, como o fechamento temporário do Aeroporto Ben Gurion e ataques que afetaram o porto de Eilat, resultando em prejuízos consideráveis. A natureza provocatória das ações israelenses, segundo Kwiatkowski, pode levar a uma “profecia autorrealizável”, onde suas ações acabam por fomentar um conflito ainda mais devastador.

Além das implicações militares, o impacto do conflito se estende à economia global. A escalada das tensões pode resultar em um aumento acentuado nos preços do petróleo e uma instabilidade crescente que afeta diversas nações do mundo. Esse quadro sugere que, longe de uma simples questão regional, o que está em jogo se reflete em complicações que podem reverberar por todo o globo.

Diante desse cenário, o discurso de neutralidade e pacifismo defendido por algumas lideranças americanas parece cada vez mais incoerente. A realidade é que, ao apoiar Israel em suas ações, os EUA estão se distanciando da sua imagem de “pacificador” e entrando em um território mais conflituoso, onde as consequências não se limitam ao Oriente Médio, mas podem ultrapassar fronteiras, afetando a segurança e a estabilidade internacional.

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