Karen Kwiatkowski, ex-analista do Pentágono, destaca que os EUA estão se envolvendo em uma guerra indireta sem declarar formalmente sua participação. Em vez disso, o governo americano fornece o que ela define como “combustível” para as operações israelenses. Essa abordagem não é nova, mas ganha contornos mais evidentes em um cenário onde a imagem de neutralidade dos EUA se desvanece rapidamente.
Enquanto isso, Israel alega ter controle sobre o espaço aéreo iraniano, mas especialistas questionam essa narrativa. É preciso lembrar que o país já enfrentou desafios significativos, como o fechamento temporário do Aeroporto Ben Gurion e ataques que afetaram o porto de Eilat, resultando em prejuízos consideráveis. A natureza provocatória das ações israelenses, segundo Kwiatkowski, pode levar a uma “profecia autorrealizável”, onde suas ações acabam por fomentar um conflito ainda mais devastador.
Além das implicações militares, o impacto do conflito se estende à economia global. A escalada das tensões pode resultar em um aumento acentuado nos preços do petróleo e uma instabilidade crescente que afeta diversas nações do mundo. Esse quadro sugere que, longe de uma simples questão regional, o que está em jogo se reflete em complicações que podem reverberar por todo o globo.
Diante desse cenário, o discurso de neutralidade e pacifismo defendido por algumas lideranças americanas parece cada vez mais incoerente. A realidade é que, ao apoiar Israel em suas ações, os EUA estão se distanciando da sua imagem de “pacificador” e entrando em um território mais conflituoso, onde as consequências não se limitam ao Oriente Médio, mas podem ultrapassar fronteiras, afetando a segurança e a estabilidade internacional.