Os bombardeios têm se concentrado em áreas densamente povoadas, como as cidades de Sanaa, Hodeidah e Saada, dificultando a avaliação do real impacto sobre a população civil. Organização de direitos humanos têm trazido à tona dados preocupantes sobre o número de civis mortos e feridos, com relatórios indicando que ataques da primeira semana resultaram na morte de pelo menos 25 pessoas, incluindo quatro crianças. O diretor da Islamic Relief no Iémen, Siddiq Khan, expressou sua preocupação com a imprevisibilidade das missões de bombardeio e a falta de acesso a áreas afetadas.
A campanha militar dos EUA é apoiada pelas forças armadas do Reino Unido e surge como resposta aos ataques dos houthis ao tráfego comercial no mar Vermelho. Os militantes argumentaram que suas ações eram retaliações aos recentes eventos violentos em Gaza. As informações sobre a operação militar foram inadvertidamente divulgadas quando um jornalista norte-americano foi acidentalmente incluído em um grupo de mensagens privativas entre funcionários do governo dos EUA.
As consequências humanitárias do conflito são devastadoras. Hoje, cerca de 19 milhões de pessoas precisaram de assistência, incluindo 15 milhões de mulheres e crianças. A desnutrição infantil é alarmante, com aproximadamente metade das crianças menores de cinco anos enfrentando essa condição. Além disso, as organizações humanitárias estão lutando para operar no campo devido a restrições legais impostas pelos EUA e ao financiamento que foi severamente reduzido.
A eficácia dos bombardeios tem sido questionada, especialmente na medida em que o movimento houthi continua a manter suas operações, desafiando as expectativas de uma rápida vitória militar. Diante desse cenário, a comunidade internacional observa com apreensão a evolução da situação, que continua a se deteriorar e a provocar uma crise humanitária de grandes proporções.