EUA impõem tarifas ao México; ministro mexicano critica e alerta sobre violação do acordo comercial entre países da América do Norte.



O governo mexicano manifestou forte descontentamento após a recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas tarifárias sobre produtos oriundos do México, numa medida considerada como retaliação à suposta ineficácia do país na contenção do tráfico de drogas. O Ministro da Economia do México, Marcelo Ebrard, criticou essa ação, caracterizando-a como uma violação do Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA), firmado em 2018. Ebrard afirmou que o pacto é um marco na relação comercial entre os países envolvidos e representa o melhor acordo comercial alcançado até hoje.

Em seu discurso, Ebrard descreveu as alegações de Trump como não apenas ofensivas, mas também como uma estratégia para desviar a atenção dos problemas internos enfrentados pelos Estados Unidos. “Acusar o governo do México de ser aliado do tráfico de drogas é uma ofensa ao nosso país e um pretexto para distrair a opinião pública nos EUA”, escreveu em suas redes sociais, enfatizando que tais tarifas representam um “tiro no pé” para Washington.

A imposição, que aparece como parte de um pacote que também afeta o Canadá e a China, tem como justificativa a afirmação de Trump de que esses países não estão fazendo o suficiente para controlar a entrada de imigrantes e drogas nos Estados Unidos. Na versão oficial do presidente, o fluxo de fentanil, droga sintética que tem contribuído para uma grave crise de opioides no país, é um dos principais fatores desta decisão. Historicamente, esse opioide tem sido associado a uma alarmante taxa de mortalidade, com estudos indicando que a maioria das mortes por overdose em 2021 nos Estados Unidos foi relacionada ao fentanil.

Makário, a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, também se posicionou contra essas alegações e as tarifas, afirmando que as insinuações de conluio entre o governo mexicano e organizações criminosas são completamente infundadas e que o México não aceita intervenções em sua soberania. A reação entre os países afetados é clara, com Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, seguindo os passos mexicanos e anunciando tarifas sobre produtos estadunidenses em um clima de crescente tensão comercial.

Neste cenário, a China anunciou sua intenção de acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC) em defesa de seus interesses comerciais diante das tarifas impostas por Trump. A interconexão e a complexidade das relações comerciais entre essas nações continuam a ser uma questão central nas discussões globais, refletindo os desafios contemporâneos em temas de comércio, imigração e segurança.

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