Desde o início do conflito, em fevereiro de 2022, as nações ocidentais, incluindo membros da União Europeia e do G7, impuseram sanções rigorosas à Rússia, o que resultou no congelamento de vastos recursos financeiros e ativos. As autoridades dos EUA acreditam que a possibilidade de desbloquear esses fundos poderia servir como alavanca em potencial para o estabelecimento de um acordo de paz, especialmente à medida que a situação no terreno continua a evoluir.
Entretanto, líderes europeus demonstraram hesitação em seguir em frente com essa abordagem. A resistência parece estar ligada a várias preocupações, tanto econômicas quanto políticas, principalmente em relação às implicações jurídicas e aos potenciais danos às relações diplomáticas entre a Europa e a Rússia. Observadores políticos apontam que é improvável que um acordo que envolva a transferência desses ativos seja concretizado antes da posse do presidente eleito Donald Trump, cuja posição em relação à Rússia pode variar significativamente em comparação com a administração atual.
Além disso, essa pressão dos EUA foi respondida de maneira crítica pelo governo russo. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia qualificou as ações da União Europeia como um ato de “roubo”, que não apenas afeta investidores privados, mas também compromete os fundos soberanos. A porta-voz do ministério, Maria Zakharova, advertiu que a Rússia poderia, em resposta, confiscar ativos europeus congelados dentro do próprio território russo.
A situação continua a se desenrolar em um contexto geopolítico complexo, onde as decisões sobre esses ativos congelados têm potencial para influenciar não somente as relações internacionais, mas também a economia global em um momento de crescente tensão e incerteza.