Marco Rubio citou reportagens que sugerem que Rasool expressou a opinião de que Trump liderava um movimento de supremacia branca, o que, segundo ele, justificou a classificação do embaixador como “persona non grata”. Com essa designação, o governo americano informa que Rasool não é mais bem-vindo nos Estados Unidos, uma ação que se insere no contexto de crescentes tensões entre os dois países. A expulsão vem em meio a um clima de conflito diplomático, que já havia se acirrado anteriormente, especialmente após o governo Trump ter cortado apoio financeiro à África do Sul em alegações de discriminação contra a população branca.
A questão agrária na África do Sul tem sido um tema controverso. Embora pessoas brancas representem apenas cerca de 8% da população do país, elas detêm 75% das terras agrícolas. Em contraste, 80% da população é composta por negros, que possuem apenas 4% destas terras. Essa desigualdade tem levado a críticas internacionais e um intenso debate sobre políticas de reforma agrária, que visam corrigir essas disparidades.
Após a expulsão do embaixador, o magnata Elon Musk, de origem sul-africana, também fez declarações polêmicas sobre a situação, questionando as “leis de propriedade abertamente racistas” no seu país natal. Musk, que tem interesse em expandir seus negócios na África do Sul, como a implementação da Starlink, parece preocupado com as implicações das políticas de empoderamento negro para os investimentos estrangeiros.
Com o cenário em constante evolução, a tensão diplomática entre Estados Unidos e África do Sul continua a se intensificar, refletindo as complexas dinâmicas de raça, política e economia em um mundo cada vez mais polarizado.