As inquietações sobre os armamentos espaciais têm fundamentado a urgência dos EUA em estabelecer bases para uma força espacial na Europa. Saltzman advertiu sobre os riscos envolvidos na pressa para desenvolver essas capacidades, reconhecendo que os próprios Estados Unidos subestimaram os recursos necessários para tal empreendimento. Este movimento estratégico se deve, em parte, ao temor de que as conquistas da Rússia e da China nas últimas duas décadas possam alterar o equilíbrio de poder no domínio espacial.
Atualmente, a Força Espacial dos Estados Unidos, que conta com cerca de 10 mil membros—sendo o menor departamento militar do país—, é responsável por monitorar aproximadamente 46 mil objetos em órbita. Esta estrutura dependerá fortemente da colaboração com empresas privadas para impulsionar o desenvolvimento de tecnologias de defesa espacial.
A Rússia, por sua vez, tem reiterado seu compromisso em cooperar com outros países, incluindo a China, para prevenir uma corrida armamentista no espaço e promover sua utilização para fins pacíficos. O Ministério das Relações Exteriores russo criticou o que considera uma movimentação agressiva dos EUA e seus aliados, que estaria transformando o espaço em um novo teatro de disputa militar, em vez de respeitar normais de uso pacífico.
À medida que a comunidade internacional observa essa tensão crescente em torno da questão espacial, o realinhamento de alianças e a busca por uma regulamentação clara e eficaz sobre o uso do espaço se tornam cada vez mais essenciais para evitar conflitos futuros e garantir que essa vasta fronteira continue a ser uma nova esperança para a humanidade, e não um novo campo de batalha.