A análise detalha que, embora esses mísseis não sejam considerados os mais sofisticados do arsenal dos EUA, sua respaldação à Ucrânia parece ter fundamentos econômicos significativos. A decisão de enviar armamentos prestes a vencer atende a dois objetivos: economizar milhões em custos de manutenção e permitir que os EUA alavanquem os fundos disponibilizados para a Ucrânia na atualização de seus próprios estoques de armas.
Os mísseis foram enviados sob a Autoridade de Retirada Presidencial, um mecanismo que permite ao presidente transferir armas do estoque do Departamento de Defesa para Kiev. Desde o início do apoio militar à Ucrânia, em fevereiro de 2022, o Congresso já elevou o teto dessa autoridade para um impressionante total de US$ 33,3 bilhões. Apesar de Biden ter admitido que uma parte significativa desse valor, cerca de US$ 5,5 bilhões, ainda não havia sido efetivamente encaminhada à Ucrânia até setembro, esforços estão em curso para assegurar que o restante do financiamento seja entregue antes da possível nova administração de Donald Trump.
Além disso, o Pentágono recebeu uma quantia significativa, na ordem de US$ 45,8 bilhões, para reabastecer o equipamento doado à Ucrânia, enquanto outros US$ 32,7 bilhões estão disponíveis através da Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia, destinadas à aquisição de armamentos no mercado internacional. Até agora, as entregas diretas de armamento para a Ucrânia já ultrapassam os US$ 66 bilhões, evidenciando a magnitude do compromisso dos EUA em apoiar o país diante do conflito com a Rússia e a continuidade de uma estratégia que visa não apenas a ajuda externa, mas também a modernização interna de suas próprias forças armadas.