As estatísticas são alarmantes. Em um retrocesso significativo, a Força Aérea dos EUA atualmente opera com cerca de 5.288 aeronaves, um número bem inferior ao dos mais de 10.000 aviões em 1975. Ao mesmo tempo, a Marinha, que contava com 559 navios há quase 50 anos, agora mantém apenas 296, apesar de um aumento de 60% no orçamento do Pentágono durante esse período. Esse cenário leva à preocupação de que as futuras gerações herdarão uma força armada drasticamente reduzida.
Norman Augustine, ex-funcionário do Departamento de Defesa e CEO da Lockheed Martin, fez uma previsão inquietante sobre o futuro do orçamento de defesa dos EUA. Ele afirmou que, se a tendência atual continuar, até 2054, o volume total do orçamento militar poderá ser absorvido pela compra de apenas um único tipo de avião, levando a uma situação em que esse aparelho teria que ser compartilhado entre diferentes ramos das Forças Armadas.
Além disso, um recente relatório da Comissão de Estratégia de Defesa Nacional apontou que o complexo militar-industrial norte-americano não está cumprindo adequadamente as necessidades tanto do país quanto de seus aliados. O estudo indica que as capacidades atuais não são suficientes para enfrentar cenários de conflitos prolongados, levantando preocupações sérias sobre a segurança nacional em um mundo cada vez mais volátil.
Essa situação sugere que, além de um investimento financeiro robusto, é necessário repensar as estratégias de aquisição e manutenção das forças armadas dos EUA para evitar o desarmamento gradual que pode se tornar irreversível. Caso essa tendência não seja revertida, o futuro da defesa americana poderá ser comprometido, resultando em uma era onde a força militar do país não é mais capaz de responder adequadamente às ameaças globais.