O impacto desse déficit é visível em diversos setores, como a Previdência Social e o Medicare. Ao longo de 2024, o déficit previsto é de $1,8 trilhões, superando os $1,7 trilhões do ano anterior. Esses dados revelam a enormidade de uma dívida que chegou a impressionantes $36 trilhões, tornando-se a maior da história. A maior carga dessa dívida são os juros, que sozinhos ultrapassam $1 trilhão, representando uma parte significativa das despesas do governo.
Em resposta a essa situação, um novo Departamento de Eficiência Governamental sob a administração anterior promete auxiliar na contenção do déficit. A expectativa é que por meio de conselhos e orientações seja possível reduzir os gastos e melhorar a eficiência administrativa. No entanto, ainda não está claro quais medidas serão eficazes ou como serão implementadas.
Desde a Segunda Guerra Mundial, os EUA têm permanecido em déficits orçamentários por quase todos os anos, exceto em 12 ocasiões. A situação se agravou durante os mandatos de Ronald Reagan e George W. Bush, quando os gastos, especialmente os com defesa e intervenções exteriores, aumentaram substancialmente. Mais recentemente, a pandemia de COVID-19 e as iniciativas de infraestrutura do governo Biden somaram-se a essa lista de gastos que pressionam os cofres públicos.
Embora os Estados Unidos tenham conseguido evitar penalizações severas relacionadas aos seus altos níveis de gastos, isso ocorre em grande parte devido ao status do dólar como moeda de reserva global. Essa condição proporciona ao país a facilidade de tomar empréstimos e imprimir dinheiro sem as mesmas consequências inflacionárias que outras nações enfrentariam. Contudo, essa situação leva a reflexões profundas sobre a sustentabilidade das políticas econômicas em um cenário de endividamento crescente que poderá impactar as gerações futuras.