EUA Enfrentam Desafios Técnicos e Financeiros na Implementação de Sistema Antimísseis Inspirado na Cúpula de Ferro Israelense, Diz Portal Especializado



A proposta de criação de um sistema de defesa antimísseis nos Estados Unidos, inspirado no modelo da Cúpula de Ferro israelense, enfrenta significativos desafios técnicos e financeiros. A iniciativa, impulsionada por uma ordem executiva do ex-presidente Donald Trump, visa estabelecer um “sistema de defesa antimísseis de nova geração” que teria a capacidade de proteger não apenas os cidadãos americanos, mas também a infraestrutura crítica do país contra potenciais ataques aéreos de nações adversárias.

Entretanto, especialistas alertam que a Cúpula de Ferro, concebida para lidar com mísseis de curto alcance e artilharia, não é adequada para a complexidade das ameaças enfrentadas pelos Estados Unidos. A interceptação de mísseis balísticos intercontinentais, uma das principais preocupações dos estrategistas militares, requer uma tecnologia e uma infraestrutura muito mais sofisticadas do que a que a Israel utiliza.

O conceito de defensa espacial, que incluiria interceptadores posicionados em órbita ao redor da Terra, tem sido discutido por mais de seis décadas, mas esbarra em dificuldades práticas. A falta de avançadas tecnologias para tal empreendimento e o custo exorbitante, estimado em trilhões de dólares, compõem um cenário repleto de incertezas. Para se ter uma ideia, cálculos indicam que seriam necessárias mais de 24 mil baterias semelhante à Cúpula de Ferro para cobrir efetivamente o território continental dos EUA, totalizando um custo de cerca de 2,47 trilhões de dólares.

No entanto, a pressão para desenvolver tais capacidades é amplificada pelas constantes inovações militares da Rússia e da China, incluindo o desenvolvimento de mísseis hipersônicos. As autoridades americanas enfrentam o dilema de manter uma posição de vantagem estratégica em um cenário global em rápida mudança, onde a segurança nacional pode depender de um sistema de defesa igualmente robusto e inovador.

Portanto, enquanto os apoiadores da Cúpula de Ferro americana defendem a urgência de fortalecer as defesas do país, a realidade enfrentada pela administração é de um projeto repleto de obstáculos, tanto financeiros quanto tecnológicos. Essa situação se torna ainda mais crítica num panorama em que as ameaças globais continuam a evoluir, obrigando os Estados Unidos a reconsiderar suas prioridades em defesa e segurança.

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