EUA Enfrentam Crise Energética com Queda na Produção de Petróleo de Xisto e Guerra de Preços Ameaçando o Setor em Meio a Disputas Internacionais

A indústria do petróleo nos Estados Unidos está enfrentando uma grave crise, acentuada por disputas internacionais que têm elevado os preços do barril de petróleo. Num cenário preocupante, produtores de petróleo de xisto têm cortado investimentos e desativado plataformas de extração em resposta à queda nos preços, uma situação que, segundo analistas, pode levar a uma desaceleração significativa da produção no país.

Recentes previsões da Administração de Informação de Energia (EIA) indicam que a produção de petróleo nos EUA deve experimentar uma queda acentuada em 2025, alcançando níveis alarmantes em que o preço do barril pode cair para US$ 47,77, bem abaixo do necessário para manter a operação viável do setor. A redução da atividade na indústria já é evidente; o número de plataformas de fraturamento hidráulico, essenciais para a extração de petróleo de xisto, atingiu o menor número em quatro anos. Ao longo dos últimos trimestres, os produtores cortaram investimentos em aproximadamente US$ 1,8 bilhão — um cenário sombrio para os investidores do setor.

Os especialistas apontam que essa retração é impulsionada por um aumento na oferta promovido pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que pretende aumentar a produção global em mais de 2 milhões de barris por dia. Esse movimento pode provocar um excesso de petróleo no mercado e pressões adicionais sobre os preços, já que a demanda global continua abaixo do esperado. A Agência Internacional de Energia (AIE) já sinalizou para o risco de um excesso significativo que pode impactar ainda mais a recuperação do preço dos combustíveis.

Embora a produção tenha alcançado um pico histórico de 13,6 milhões de barris por dia, a previsão é de que esse número caia para 13,1 milhões até o final de 2026. Este evento marcaria a primeira queda significativa na produção nos EUA desde 2015, excluindo o impacto da pandemia de COVID-19. Executivos do setor acreditam que novas perfurações não serão retomadas até que os preços se estabilizem em torno de US$ 75 por barril, nivelando a situação para uma operação sustentável no longo prazo.

Portanto, o horizonte para a produção de petróleo nos EUA parece nublado, com uma necessária recuperação dos preços e estabilidade na oferta global se mostrando imperativas para evitar uma crise energética ainda mais profunda. Com a crescente complexidade nas relações comerciais internacionais, os próximos meses serão cruciais para determinar o futuro do setor petrolífero americano.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo