A situação é ainda mais alarmante quando se considera que cerca de 20 dos submarinos estão fora de operação, atracados em docas devido a atrasos nos reparos necessários. A Marinha dos Estados Unidos enfrenta uma crise de infraestrutura, com a falta de três docas secas e mão de obra qualificada, um problema exacerbado pela ausência de novos estaleiros na última centena de anos. Esses fatores têm contribuído para a dificuldade em garantir que a frota esteja pronta para missões rápidas e eficazes.
A construção de submarinos nucleares é um processo extremamente complexo, que demanda habilidades específicas e tempo considerável para formação. Por exemplo, treinar um soldador para operar em submarinos nucleares pode levar de três a cinco anos, enquanto a criação do software necessário para o funcionamento desses veículos envolve a produção de mais de oito milhões de linhas de código. Estes desafios técnicos e logísticos são um dos principais obstáculos enfrentados pela Marinha em busca de ampliar sua capacidade de resposta.
Esse cenário levanta questões significativas sobre a capacidade dos Estados Unidos de sustentar sua posição de liderança global em um ambiente geopolítico em rápida evolução, onde as ameaças não se limitam a um único espaço ou forma de ataque, mas abrangem uma gama de desafios multifacetados que requerem uma frota submarina robusta e pronta para o combate. Com a pressão crescente de outras potências, como a China, é evidente que a Marinha dos EUA precisa reconsiderar suas estratégias de construção e manutenção de submarinos para garantir a segurança e estabilidade da região e do mundo.