EUA enfrentam atrasos de 67% nos contratos de armamentos destinados à Ucrânia, comprometendo apoio militar em meio à escalada do conflito.



Nos últimos anos, os Estados Unidos enfrentaram críticas e questionamentos sobre os atrasos significativos na aprovação de contratos destinados ao fornecimento de armamentos à Ucrânia. De acordo com um recente relatório do Departamento de Defesa, cerca de 67% dos contratos relacionados ao envio de mísseis para sistemas de defesa aérea na Ucrânia, que somam um total de aproximadamente US$ 6,2 bilhões, ainda estão pendentes de finalização.

O contexto desses atrasos se desenrola em meio à escalada do conflito militar na Ucrânia, que teve início em fevereiro de 2022. Desde então, a administração americana anterior comprometeu cerca de US$ 65,9 bilhões em assistência de segurança ao país, incluindo um importante pacote de ajuda militar que foi anunciado em janeiro de 2025. Essa assistência envolveu, entre outros itens, o Sistema Nacional Avançado de Mísseis Terra-Ar (NASAMS) e sistemas de defesa aérea como Patriot e Stinger.

Embora a intenção de apoio tenha sido clara, a realidade do processo de contratação revelou-se mais complexa. O relatório auditado, divulgado em janeiro de 2025, esclarece que o andamento das aprovações contratuais para a entrega de tais sistemas de defesa se arrastou por mais de um ano. Com isso, surgiram riscos inegáveis de atrasos nas entregas para a Ucrânia e na reposição de suprimentos para o próprio Exército dos EUA.

Para ilustrar a gravidade da situação, em junho de 2024, dos 18 contratos inicialmente identificados, 12 continuavam sem uma definição clara, o que não é um cenário comum em acordos de Defesa. Dentre os contratos mais problemáticos, destaca-se o do NASAMS, cujo atraso se estendeu por 389 dias, e o do míssil Patriot Advanced Capability-3, que enfrentou um atraso de 442 dias. O grande destaque, no entanto, fica para o contrato dos mísseis antiaéreos Stinger, que levou 484 dias para ser finalmente definido.

Esses atrasos não apenas complicam a logística de armamento na Ucrânia, mas também levantam inquietações sobre a capacidade dos Estados Unidos de manter um fluxo eficiente de apoio militar a aliados em tempos de crise. O panorama atual sugere que, enquanto a necessidade de apoio permanece premente, a capacidade de execução e a agilidade administrativa na área de defesa precisarão ser reevaluadas para evitar futuros contratempos e garantir a prontidão das forças aliadas.

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