EUA Desmente Plano de Realocação de Palestinianos da Faixa de Gaza para a Líbia e Garante Falsidade das Informações.

A Embaixada dos Estados Unidos em Trípoli emitiu um comunicado neste domingo, 18 de maio de 2025, refutando alegações de que o governo americano estaria planejando a realocação de palestinos da Faixa de Gaza para a Líbia. A informação inicial, divulgada por uma importante rede de notícias, sugeria que os EUA estavam considerando a transferência permanente de até um milhão de palestinos para o território líbio, uma proposta que teria sido discutida anteriormente durante a administração de Donald Trump.

A desmentida veio através de uma publicação na plataforma X, onde a embaixada ressaltou que as declarações da mídia eram infundadas e não representavam a realidade das intenções do governo americano. Tal recusa é especialmente relevante considerando o potencial impacto e as repercussões que um movimento desse tipo poderia ter tanto na comunidade palestina quanto na política líbia.

Embora o governo líbio, especificamente o Governo de Unidade Nacional (GUN), não tenha se pronunciado imediatamente sobre o assunto, a falta de uma opinião oficial originou um clima de incerteza acerca da veracidade e viabilidade de tais sugestões. Enquanto isso, a proposta inicial gerou críticas e levou a reflexões sobre o deslocamento forçado de populações, um tema sensível na história da região, especialmente quando se considera o histórico de expulsões palestinas durante a criação do Estado de Israel em 1948, conhecido como Nakba pelos palestinos.

Mais polêmico ainda é o contexto político que envolve Trump, que em ocasiões anteriores havia manifestado desejo de que os Estados Unidos assumissem um papel de controle sobre Gaza e que os palestinos fossem reassentados em países vizinhos, propostas que foram prontamente rejeitadas tanto pelo Egito quanto pela Jordânia e amplamente condenadas pela comunidade internacional.

Recentemente, Trump voltou a defender que Gaza deveria ser transformada em uma “zona de liberdade”, abordando a questão com uma visão controversa que ignora a complexidade da realidade no terreno. As declarações de Trump e a eventualidade de transferências de populações são vistas como formas de limpeza étnica, algo que intensifica ainda mais as tensões já existentes na região e suscitando preocupações sobre a dignidade e a segurança dos palestinos.

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