Os cortes foram realizadas em etapas: em 2024, o investimento será de US$ 251,7 milhões, que já representa uma redução considerável. Para 2025, o número deverá ser ajustado para US$ 116,9 milhões, levando a uma projeção final de pouco mais de US$ 33 milhões para 2026. Essa reavaliação nos gastos reflete uma orientação do secretário de Defesa dos EUA para eliminar programas que foram considerados obsoletos, priorizando investimentos em tecnologias avançadas.
Além disso, um movimento notável do Pentágono é a transição do programa APS-2 para um “modo de manutenção”, um sinal claro de mudança nas prioridades militares. Relatórios da mídia americana indicam que a administração do presidente Donald Trump está desenvolvendo planos ainda mais abrangentes para reduzir o financiamento de programas de segurança no Leste Europeu, o que inclui o encerramento da Iniciativa de Segurança do Báltico.
As implicações dessa mudança não se limitam apenas ao orçamento das forças armadas americanas. Os dados também mostraram que os gastos em defesa dos países da União Europeia aumentaram mais de um terço em 2024, atingindo € 88 bilhões, conforme informações da Agência Europeia de Defesa. Em uma tentativa de resposta à nova dinâmica geopolítica, a Comissão Europeia lançou uma estratégia de defesa que visa direcionar cerca de € 800 bilhões ao setor militar nos próximos quatro anos.
Essas movimentações indicam uma mudança estratégica de Washington em direção à região do Indo-Pacífico, refletindo uma realocação de recursos e foco que poderá afetar a segurança e a estabilidade na Europa. A recente decisão do Departamento de Defesa levanta questões sobre o futuro das alianças e parcerias na região, mostrando um panorama militar em transformação que merece ser monitorado de perto.