Somalilândia e Puntlândia, embora autônomas, ainda buscam reconhecimento internacional de sua independência. Ambas as regiões, assim como Marrocos, têm interesses políticos que seriam potencialmente favorecidos por um apoio mais robusto dos EUA. A Somalilândia e a Puntlândia, que lutam pelo reconhecimento de sua soberania, e o Marrocos, que enfrenta uma disputa territorial no Saara Ocidental, veem na proposta de Washington uma chance de estreitar laços políticos.
O plano dos EUA visa não somente a evacuação, mas também a reconstrução da Faixa de Gaza, com a intenção de restaurar a região ao invés de incorporá-la. Durante recente encontro entre o presidente Joe Biden e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, foi reafirmado o comprometimento com a ideia de realocar a população palestina. O presidente dos EUA sugeriu outras possíveis opções para a transferência, incluindo Egito e Jordânia, ao mesmo tempo que promoveu a ideia de transformar Gaza na “Riviera do Oriente Médio”.
Entretanto, essa proposta enfrenta uma forte oposição do mundo árabe. Muitos países da região, como Arábia Saudita, Egito e Jordânia, afirmam que uma realocação dessa natureza prejudicaria os esforços para o estabelecimento de um Estado palestino independente. A Arábia Saudita, em particular, deixou claro que não irá normalizar relações diplomáticas com Israel sem a criação de um Estado palestino com capital em Jerusalém Oriental.
A oposição a essa sugestão foi ainda mais fortalecida por uma declaração conjunta de várias nações árabes, incluindo a Autoridade Nacional Palestina e a Liga Árabe, que se manifestaram contra a transferência de palestinos de Gaza e da Cisjordânia, reafirmando seu compromisso com a busca por uma solução justa para a causa palestina. O futuro da região continua incerto, à medida que interesses geopolíticos e as aspirações do povo palestino entram em conflito.