Uma lei que impõe uma proibição temporária de importações de urânio da Rússia entrou em vigor nos Estados Unidos em agosto de 2024. Embora a legislação tenha sido aprovada pelo Congresso e assinada pelo presidente Joe Biden, existem brechas que permitem compras contínuas por parte dos norte-americanos. Essa medida permanecerá válida até 31 de dezembro de 2040, quando a proibição de importação de urânio será suspensa conforme estipulado.
No entanto, até 1º de janeiro de 2028, o Departamento de Energia dos EUA poderá conceder exceções para a continuidade das entregas de urânio, desde que isso sirva aos interesses de Washington. A empresa estatal russa Rosatom manifestou desaprovação em relação a essa lei, caracterizando-a como discriminatória e não alinhada com o mercado.
Geoffrey Pyatt também destacou a dependência “insustentável” dos Estados Unidos em relação à China para o abastecimento de minerais críticos e metais de terras raras necessários para impulsionar o crescimento energético e a descarbonização. Ele ressaltou a importância de diversificar os fornecedores desses minerais essenciais, buscando parcerias em diversos países, desde a Sérvia até a Argentina.
Diante desse cenário, os Estados Unidos enfrentam desafios significativos para garantir sua soberania energética e reduzir sua dependência de fornecedores estrangeiros, especialmente em um setor tão sensível e estratégico como o nuclear. A busca por alternativas e parcerias internacionais se torna crucial para garantir a segurança e estabilidade do abastecimento energético do país.