EUA buscam reduzir dependência de combustível nuclear russo até 2040, apesar das críticas da estatal Rosatom.ombresuemmetaisrarossos.



Os Estados Unidos ainda enfrentam desafios em relação ao abastecimento de seu combustível nuclear, uma vez que aproximadamente 20% desse recurso ainda é importado da Rússia. Essa questão foi discutida pelo diplomata norte-americano Geoffrey Pyatt durante um debate no think tank Atlantic Council. Pyatt ressaltou a necessidade de criar uma cadeia de suprimentos não dependente da Rússia, o que demandará tempo e investimento para ser concretizado.

Uma lei que impõe uma proibição temporária de importações de urânio da Rússia entrou em vigor nos Estados Unidos em agosto de 2024. Embora a legislação tenha sido aprovada pelo Congresso e assinada pelo presidente Joe Biden, existem brechas que permitem compras contínuas por parte dos norte-americanos. Essa medida permanecerá válida até 31 de dezembro de 2040, quando a proibição de importação de urânio será suspensa conforme estipulado.

No entanto, até 1º de janeiro de 2028, o Departamento de Energia dos EUA poderá conceder exceções para a continuidade das entregas de urânio, desde que isso sirva aos interesses de Washington. A empresa estatal russa Rosatom manifestou desaprovação em relação a essa lei, caracterizando-a como discriminatória e não alinhada com o mercado.

Geoffrey Pyatt também destacou a dependência “insustentável” dos Estados Unidos em relação à China para o abastecimento de minerais críticos e metais de terras raras necessários para impulsionar o crescimento energético e a descarbonização. Ele ressaltou a importância de diversificar os fornecedores desses minerais essenciais, buscando parcerias em diversos países, desde a Sérvia até a Argentina.

Diante desse cenário, os Estados Unidos enfrentam desafios significativos para garantir sua soberania energética e reduzir sua dependência de fornecedores estrangeiros, especialmente em um setor tão sensível e estratégico como o nuclear. A busca por alternativas e parcerias internacionais se torna crucial para garantir a segurança e estabilidade do abastecimento energético do país.

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