O objetivo desta colaboração é otimizar a produção de embarcações, utilizando as mais recentes tecnologias, como automação, robótica e inteligência artificial, visando a criação de um estaleiro digital. A HHI, reconhecida mundialmente como uma das líderes na construção de navios, é responsável pela fabricação de uma parte significativa dos contratorpedeiros Aegis da Marinha americana, além de diversas embarcações militares e auxiliares.
Especialistas afirmam que embora o memorando de entendimento firmado entre as empresas não seja juridicamente vinculativo, ele sinaliza uma tendência de maior cooperação entre os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão. Esse movimento é impulsionado pelo temor crescente de Washington em relação à expansão militar da China, especialmente nas águas do estreito de Taiwan. Atualmente, a Marinha dos EUA conta com cerca de 300 embarcações, em comparação com mais de 370 da Marinha do Exército de Libertação Popular da China, o que levanta preocupações sobre a competitividade naval americana.
A Coreia do Sul, que recentemente se destacou como uma potência global na indústria naval, pode oferecer não apenas tecnologia avançada, mas também eficácia em processos produtivos, elementos essenciais que podem ajudar a melhorar a infraestrutura naval dos EUA. Para que essa parceria se traduza em resultados concretos, no entanto, será necessário que o governo resolva as barreiras legislativas e regulatórias que atualmente dificultam a construção de novos navios diretamente para a Marinha americana.
Nesse cenário, a Lei SHIPS for America, apresentada no Congresso, visa fortalecer a construção naval nacional, incentivando a colaboração com aliados estratégicos como a Coreia do Sul e o Japão, em um esforço para fortalecer a presença marítima dos Estados Unidos no Indo-Pacífico e enfrentar os desafios impostos pela crescente influência da China na região. Essa nova fase de cooperação naval pode sinalizar um passo importante na tentativa de os EUA restabelecerem sua liderança na indústria naval global.