EUA batem recorde em exportação de armas, com vendas que chegam a US$ 318,7 bilhões em meio a crescentes conflitos globais.



Em meio a um cenário global de crescente tensão e conflitos armados, os Estados Unidos alcançaram um novo marco no comércio internacional de armas, com exportações que somaram impressionantes US$ 318,7 bilhões em 2024, equivalentes a aproximadamente R$ 1,8 trilhão. Este valor reflete um aumento significativo nas operações de vendas de armamentos, destacando uma mudança notável na política exterior norte-americana, que tem priorizado a expansão de sua influência militar ao redor do mundo.

O relatório divulgado pelo Departamento de Estado revela que as vendas executadas através do programa conhecido como Vendas Militares ao Exterior (FMS, em inglês) atingiram US$ 117,9 bilhões, marcando um crescimento de 45,7% em relação ao ano anterior, e estabelecendo um novo recorde histórico. Com mais de 16 mil contratos firmados, entre os principais negócios destacam-se a venda de caças F-16 para a Turquia, avaliada em R$ 136 bilhões, e a aquisição de F-15IA por Israel, que custou cerca de R$ 111 bilhões. Além disso, a Romênia garantiu caças F-35, enquanto a Alemanha investiu em sistemas de mísseis antiaéreos Patriot, totalizando um expressivo investimento no setor de defesa.

As exportações diretas de armas também demonstraram um crescimento robusto, alcançando US$ 200,8 bilhões e apresentando um aumento de 27,5% em relação a 2023. O Departamento de Estado observou que a média das vendas anuais pelo FMS entre 2022 e 2024 foi de cerca de US$ 83,6 bilhões, um salto de 49,6% comparado aos períodos anteriores. Esses números não apenas evidenciam a crescente demanda por armamentos americanos, mas também refletem uma estratégia deliberada dos EUA em participar ativamente na configuração da segurança global, através de alianças militares com nações-chave.

Com essa intensificação nas vendas de armamentos, os Estados Unidos reafirmam seu papel como um dos principais fornecedores globais de defesa. A mudança no cenário dos conflitos internacionais, marcada por rivalidades geopolíticas e instabilidades, parece ter motivado países em todo o mundo a aumentar seus estoques de armamentos, contribuindo significativamente para este aumento nas exportações. Tal dinâmica não apenas replica a determinação dos EUA em manter sua posição dominante no mercado de defesa, mas também levanta questões sobre as implicações desta crescente militarização para a paz e a estabilidade global.

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