EUA aprovam exame de sangue revolucionário para diagnóstico precoce do Alzheimer, prometendo maior eficácia no tratamento para pacientes com sintomas iniciais.



Na última sexta-feira, os Estados Unidos deram um passo significativo no campo do diagnóstico precoce do Alzheimer com a aprovação do primeiro exame de sangue voltado para identificar a doença. Desenvolvido pela empresa japonesa Fujirebio Diagnostics, o teste é direcionado a pacientes adultos com 55 anos ou mais que já apresentem sinais e sintomas associados à condição.

A validação pela Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador de saúde dos EUA, permite que esse exame, que mede a proporção de duas proteínas — pTau217 e β-amiloide 1-42 — seja comercializado. A importância desse avanço reside principalmente na possibilidade de facilitar e acelerar o diagnóstico, permitindo que os pacientes comecem o tratamento em estágios mais iniciais da doença. Isso é crucial, uma vez que a forma progressiva do Alzheimer prejudica a memória e as habilidades cognitivas, dificultando a realização de atividades cotidianas.

O Alzheimer é uma condição que afeta uma significativa parcela da população, e as estimativas indicam que, até 2050, o número de portadores da doença pode dobrar. O comissário da FDA, Martin A. Makary, destacou a urgência do problema ao afirmar que a doença impacta mais pessoas do que o câncer de mama e o câncer de próstata somados. A aprovação do teste é vista como uma luminosa esperança para o manejo efetivo da patologia.

Tradicionalmente, a detecção de placas amiloides no cérebro, um dos marcos da doença, era feita através de procedimentos mais invasivos e caros, como tomografias por emissão de pósitrons (PET). O novo exame de sangue se apresenta como uma alternativa menos invasiva, possibilitando um acesso mais amplo ao diagnóstico.

De acordo com dados do estudo clínico que fundamentou a aprovação, o teste mostrou uma taxa de precisão notável: 91,7% dos pacientes que testaram positivo para as proteínas em questão também apresentaram placas amiloides identificadas por métodos convencionais. Já entre aqueles que tiveram resultados negativos, 97,3% confirmaram a ausência das placas nos exames mais tradicionais.

Este avanço pode não apenas mudar a trajetória dos tratamentos, mas também oferecer novas esperanças a famílias e pacientes que enfrentam as consequências devastadoras que o Alzheimer pode trazer. Portanto, ao menor sinal de sintomas, a orientação para buscar um especialista se torna ainda mais essencial, considerando o potencial de uma intervenção precoce.

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