As restrições em questão incluem a inclusão de aproximadamente 200 fornecedores de equipamentos e materiais que desempenham um papel vital na fabricação de chips chineses na lista de empresas sancionadas. Entre elas, está a Huawei, que já enfrenta severas limitações desde 2019. O objetivo dos EUA é dificultar ainda mais a capacidade da China de produzir seus próprios semicondutores, um intento que é visto como parte de uma estratégia mais ampla para preservar a liderança tecnológica dos EUA no cenário global. Além disso, as sanções também se estenderão a empresas de capital de risco ligadas ao setor, como fornecedores de gases especiais, que são fundamentais nas diferentes etapas do processo produtivo.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, criticou de forma veemente as ações dos EUA, afirmando que o país tomará “medidas resolutas” para proteger seus interesses comerciais. Mao também enfatizou a importância do direito à reciprocidade e da necessidade de os EUA cumprirem as regras estabelecidas pela Organização Mundial do Comércio (OMC), um apelo que reflete a postura de Pequim em todas as arenas da disputa comercial com Washington.
Essas novas sanções marcam um ponto de inflexão nas relações sino-americanas e uma escalada na competição tecnológica que se intensificou desde outubro de 2023. Ao mesmo tempo, a China tem buscado construir uma cadeia de suprimentos de semicondutores mais autossuficiente. Entretanto, a dependência contínua de tecnologias de ponta importadas, como sistemas de litografia e inspeção por feixe de elétrons, permanece um obstáculo para o pleno desenvolvimento de seu setor de semicondutores. Dessa forma, o futuro da indústria de chips na China está em um delicado equilíbrio entre esforços de autossuficiência e as duras realidades impostas pelas sanções internacionais.