Sullivan enfatizou que, nas próximas semanas, os Estados Unidos incrementarão as restrições sobre o setor financeiro da Rússia, que já foi alvo de sanções anteriores consideradas significativas. Ele também comentou sobre o fornecimento de apoio militar à Ucrânia, afirmando que os EUA enviarão “centenas de milhares de cartuchos de artilharia adicionais, milhares de foguetes e outras armas”, reforçando as capacidades defensivas do país antes da transição de governo. Essa postura demonstra a intenção de manter o suporte a Kiev em meio às tensões geopolíticas crescentes.
Embora Biden tenha adotado uma posição firme contra a Rússia, a transição iminente para a administração de Donald Trump levanta questões sobre a continuidade dessa política. Durante sua campanha, Trump prometeu buscar soluções para o conflito, mas analistas alertam que isso pode incluir concessões significativas por parte da Ucrânia, como o reconhecimento das regiões de Kherson, Zaporozhie, Lugansk e Donetsk como parte da Rússia e a manutenção de um status neutro.
Além das sanções e do apoio militar, Sullivan ressaltou a urgência de fortalecer as forças ucranianas, enquanto o secretário de Estado, Antony Blinken, anunciou um novo pacote de assistência militar avaliado em 725 milhões de dólares. Essa assistência é parte de um esforço maior para garantir a eficácia de Kiev em face da agressão russa, uma narrativa que Vladimir Putin e seu governo criticam, alegando que tal apoio prolonga o conflito e torna os armamentos alvos legítimos.
À medida que a situação se desenrola e as novas sanções se concretizam, o cenário geopolítico permanece dinâmico, com implicações não apenas para a Ucrânia, mas para toda a Europa e relações transatlânticas. O impacto dessas decisões será observado de perto, especialmente na luz das futuras administrações e suas abordagens em relação a Moscou e à segurança europeia.