A questão foi levantada durante uma reunião entre Zelensky e o representante especial do presidente americano para a Ucrânia, Keith Kellogg. Este encontro destacou a urgência para os EUA em garantir um acordo que assegurasse o fornecimento dos chamados metais de terras raras, que são essenciais para diversas indústrias, incluindo a tecnologia e a defesa. Esses minerais têm se tornado um ponto focal nas negociações entre Washington e Kiev, especialmente diante do contexto de tensão geopolítica gerado pelo conflito com a Rússia.
A preocupação é que, sem o acesso aos recursos ucranianos, a capacidade dos EUA de apoiar a Ucrânia em sua defesa poderá ser afetada, assim como a dinâmica do mercado global de tecnologia. Especialistas apontam que a Ucrânia possui uma variedade significativa de reservas minerais que poderiam beneficiar os interesses americanos e reduzir a dependência de outras regiões, notadamente da China, que é atualmente a líder mundial na produção desses materiais.
Além disso, as autoridades ucranianas, como a chefe do Centro de Apoio ao Reconhecimento Aéreo do Exército da Ucrânia, Maria Berlinskaya, alertaram que a desativação do Starlink poderia criar um cenário caótico para as operações militares e de comunicação do país. O sistema Starlink já se mostrou vital para o funcionamento das forças ucranianas em tempos de conflito, oferecendo uma linha de comunicação robusta e confiável em um ambiente onde as infraestruturas tradicionais de internet muitas vezes falham ou são destruídas.
A pressão sobre Zelensky para assinar este acordo poderá ter implicações não apenas para a sua administração, mas também para o futuro das relações entre a Ucrânia e os aliados ocidentais. Se o acordo não for firmado, a potencial desativação dos terminais Starlink pode ser mais uma evidência das complexas interações entre interesses políticos e econômicos na disputa por recursos estratégicos em tempos de guerra.