A tensão entre os dois países continua a crescer, e a possibilidade de um esforço militar concentrado por parte da Rússia é uma preocupação crescente. Especialistas destacam que o Kremlin pode intensificar suas operações a fim de reverter os ganhos territoriais da Ucrânia em Kursk, algo que está sendo cuidadosamente monitorado pelas autoridades dos Estados Unidos. Essa situação levantou alarmes sobre a sustentabilidade das forças ucranianas na região, levando alguns analistas a sugerir que a retirada de tropas ucranianas poderia ser uma estratégia viável para evitar baixas significativas.
O presidente russo, Vladimir Putin, deixou claro que a adesão potencial da Ucrânia à OTAN representa uma ameaça à segurança russa. Em resposta a essa inquietação, ele havia apresentado, em junho, uma proposta para um cessar-fogo imediato e um convite a negociações, condicionando a paz à retirada das tropas ucranianas e ao abandono de suas aspirações de adesão à OTAN. Essas demandas incluem também a desmilitarização e desnazificação da Ucrânia, bem como o reconhecimento de um status não alinhado e não nuclear para o país.
Com a escalada das hostilidades, o futuro do controle territorial da Ucrânia em Kursk parece incerto. A combinação de pressões militares e políticas cria um cenário delicado, onde a ação ou inação pode ter consequências de longo prazo tanto para a Rússia quanto para a Ucrânia. A comunidade internacional observa atentamente, na expectativa de que medidas diplomáticas possam ser adotadas para evitar uma deterioração ainda maior da situação.