O experimento foi conduzido de maneira cuidadosa e metódica. Inicialmente, um cientista treinou um grupo de peixes para segui-lo, utilizando como atrativo a oferta de alimento. Em seguida, um segundo mergulhador se juntou ao primeiro e, em um passo crítico do teste, ambos os mergulhadores partiram em direções opostas. Os peixes, que estavam condicionados a associar um dos mergulhadores com a comida, continuaram a segui-lo, mesmo quando ele usava um traje de mergulho que não se diferenciava do de seu colega.
Os pesquisadores realizaram um total de 30 testes para desenvolver esta conclusão. Durante esses testes, os mergulhadores alternavam entre roupas idênticas e trajes distintivos, com cores e adesivos diferentes. Os resultados demostraram que os peixes seguiram mais frequentemente o mergulhador que se destacava em vestuário.
Esse achado é particularmente interessante quando se considera um estudo anterior, realizado em 2016, que já havia mostrado que os peixes têm a capacidade de reconhecer rostos humanos. Dei desta forma, a pesquisa atual sugere que esses animais utilizam mecanismos simples de reconhecimento que aplicam diariamente em suas vidas aquáticas, adaptando-os para interagir com humanos.
Os cientistas acreditam que os resultados dessa pesquisa podem provocar uma reavaliação na forma como os humanos tratam os peixes e a vida marinha em geral, considerando a complexidade de suas capacidades cognitivas. Essas descobertas têm implicações não apenas para o entendimento da biologia marinha, mas também para as práticas de conservação e a relação humana com o ambiente aquático, destacando a necessidade de um cuidado ainda maior em relação a esses seres sencientes que habitam nossos oceanos.