Estudo revela que água engarrafada contém altos níveis de nanopartículas ligadas ao câncer e à infertilidade, alertam pesquisadores.

Novas preocupações com a segurança da água de garrafa estão surgindo, conforme um estudo recente da Universidade de Columbia revela que uma garrafa média de um litro de água comprada em lojas pode conter mais de 240 mil nanoplásticos, moléculas ligadas ao câncer, à infertilidade e a defeitos congênitos. Esta descoberta pode mudar o rumo do consumo de água engarrafada em todo o mundo, uma vez que muitas pessoas optam por água de garrafa em vez de beber da torneira ou de filtros em casa, devido à preocupação com a contaminação por chumbo nos sistemas de água.

O professor Beizhan Yan, químico e coautor do estudo, destacou que a água da torneira pode ser uma opção mais segura em termos de níveis de microplásticos, quando comparada à água engarrafada. No entanto, ele alertou que a água da torneira pode conter outros poluentes, como metais pesados e carbono negro, que podem ser menos prevalentes na água engarrafada. Outros estudos anteriores também demonstraram que os níveis de microplásticos na água da torneira são significativamente inferiores aos encontrados na água engarrafada.

Mesmo que a água da torneira possa conter outros poluentes, pesquisadores acreditam que os processos convencionais de tratamento de água já em uso globalmente, como o processo de coagulação-floculação-sedimentação, podem remover nanopartículas da água, tornando-a potencialmente segura para consumo.

Os efeitos tóxicos das nanopartículas em humanos ainda não são comprovados, mas estudos laboratoriais e em animais sugerem que a exposição a essas moléculas pode causar morte celular, estresse oxidativo e respostas inflamatórias, processos que estão ligados à formação de tumores e agravamento de defeitos cardíacos congênitos.

Diante dessas descobertas, a discussão sobre a segurança da água engarrafada versus a água da torneira ganha força, e especialistas apontam a necessidade de estudos mais abrangentes para chegar a resultados mais conclusivos. Apesar disso, o estudo da Universidade de Columbia lança luz sobre as possíveis implicações para a saúde pública, o que pode levar as pessoas a repensarem suas escolhas de água potável no futuro.

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