Segundo o levantamento, intitulado “Conectividade Significativa: propostas para medição e o retrato da população no Brasil”, o número de pessoas com acesso à Internet aumentou significativamente nos últimos anos. Atualmente, 84% da população brasileira tem acesso à Internet em casa ou por meio de dispositivos móveis, fazendo uso da web diariamente.
No entanto, mesmo com o crescimento no acesso à Internet, apenas uma pequena parcela dos usuários possui uma conexão considerada satisfatória pelo NIC.br. Critérios como velocidade equivalente ao 4G, uso de dispositivos inteligentes, conexão fixa e frequência de uso foram levados em conta na avaliação da qualidade da conexão.
O estudo classificou a qualidade da conexão em uma escala de 0 a 9, onde quanto mais próximo de 9, melhor a qualidade. Cerca de 57% da população brasileira ficou classificada na faixa de qualidade mais baixa, enquanto aproximadamente 20% se encontram na faixa intermediária e somente 22% desfrutam de uma conexão considerada adequada.
“A complexidade do cenário atual, marcado por rápidos avanços tecnológicos, exige uma compreensão mais ampla sobre a inclusão digital. Considerar apenas a quantidade de usuários de internet não é mais suficiente. Os debates atuais ressaltam a importância de abordar a conectividade de forma abrangente”, destaca Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br/NIC.br.
A situação varia entre as regiões do Brasil, com o sudeste apresentando um maior índice de acesso à internet satisfatória (31%), seguido pelo sul (27%), norte (11%) e nordeste (10%). Apesar dos avanços recentes, ainda há disparidades significativas de conectividade no país, refletindo as desigualdades sociais.
Os resultados do estudo apontam para uma tendência positiva, com uma melhora progressiva na qualidade da conexão à Internet. No entanto, é necessário agir com rapidez para reduzir as disparidades e promover uma maior inclusão digital no Brasil, visando um acesso mais igualitário e de qualidade para toda a população.