Estudo revela: morar perto de áreas verdes reduz obesidade e estimula atividade física, aponta pesquisa da Fiocruz.



Recentemente, dois estudos realizados por pesquisadores do Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apresentaram resultados que apontam para uma relação entre a quantidade de áreas verdes nas proximidades do local de residência e a saúde cardiometabólica de adultos.

De acordo com os estudos, pessoas que vivem em áreas com mais áreas verdes têm menor probabilidade de desenvolver obesidade geral, obesidade abdominal e de apresentar níveis baixos de HDL-colesterol, que é conhecido como o colesterol bom. Além disso, essas mesmas pessoas têm uma maior chance de manter a prática de atividade física em intensidade moderada ou vigorosa.

Estes fatores são importantes, uma vez que a obesidade e os níveis baixos de HDL-colesterol são considerados como fatores de risco para o desenvolvimento de diabetes e doenças cardiovasculares. Por outro lado, a prática regular de atividade física é um comportamento que contribui para a redução do risco dessas doenças.

Os estudos destacam a importância das áreas verdes urbanas como um possível fator protetor para a saúde das pessoas, em meio a um cenário de urbanização crescente em todo o mundo. Segundo dados da Organização das Nações Unidas, mais da metade da população mundial já vive em cidades, e essa porcentagem tende a aumentar nas próximas décadas.

Diante desse cenário, o ambiente urbano pode oferecer tanto riscos quanto benefícios para a saúde das pessoas. Violência, poluição ambiental, degradação das áreas residenciais e desigualdades na distribuição de recursos sociais e econômicos são alguns dos desafios que se colocam para os setores de planejamento urbano e saúde.

No entanto, as áreas verdes urbanas têm demonstrado serem benéficas para a saúde física e mental das populações urbanas. Estudos têm apontado que a presença de vegetação nas cidades contribui para a redução da poluição atmosférica, ajuda a diminuir a poluição sonora, ameniza a temperatura local e promove a prática de atividade física ao ar livre.

Diante desses resultados, a promoção e preservação das áreas verdes urbanas se tornam fundamentais para a melhoria da saúde da população e para a redução das desigualdades em saúde nas áreas urbanas. Investir em intervenções que visem aumentar a quantidade de áreas verdes nas cidades pode contribuir significativamente para o bem-estar e qualidade de vida dos cidadãos.

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