Os alimentos adquiridos por meio desses programas são destinados a organizações assistenciais, filantrópicas, presídios, restaurantes populares, cozinhas comunitárias e bancos de alimentos, entre outros equipamentos públicos. Desde 2009, ao menos 30% do valor desses recursos devem ser investidos na compra direta de produtos da agricultura familiar, promovendo assim o desenvolvimento do setor.
O estudo utilizou dados das bases de compras dos programas PAA e PNAE, cruzando com informações da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) e do Cadastro da Agricultura Familiar (CAF). Ficou evidenciado que a comercialização de alimentos por meio do PNAE tem um efeito médio ainda maior sobre a renda dos fornecedores em comparação com o PAA.
Além disso, o estudo apontou que diferentes aspectos, como sexo, escolaridade e região do fornecedor, influenciam a participação nos programas. Agricultores do sexo masculino, com maior idade e estado civil de casado, têm mais chances de participar das compras públicas. A escolaridade também desempenha um papel, com agricultores mais instruídos apresentando maior probabilidade de participação.
Regionalmente, foi observado que os agricultores familiares da região Norte têm mais chances de participação no PAA, enquanto os da região Sul e Sudeste se destacam no PNAE. Esses programas têm o objetivo de fortalecer a agricultura familiar e garantir o abastecimento de alimentos de qualidade em diferentes contextos, impactando positivamente a renda dos fornecedores e contribuindo para a segurança alimentar no país.