Embora a noção de que estrelas moribundas podem engolir planetas não seja nova, poucos trabalhos anteriores se debruçaram sobre o processo evolutivo detalhado em que isso ocorre. A investigação em questão examinou mais de 400 mil estrelas que se encontram em uma fase posterior à sequência principal de sua evolução. Os cientistas observaram uma queda notável na quantidade de planetas que orbitam próximo a essas estrelas em estágio avançado.
Os dados utilizados na pesquisa foram coletados pelo satélite TESS, que auxiliou na identificação de 130 planetas com órbitas curtas, incluindo 33 que são considerados novos candidatos para futuras investigações. Os resultados mostraram que apenas 0,28% dos gigantes gasosos que estão próximos de estrelas envelhecidas ainda conseguem manter suas órbitas. Em contrapartida, essa porcentagem sobe para 0,35% entre estrelas que recentemente deixaram a sequência principal. A situação se agrava ainda mais em relação às gigantes vermelhas, onde a taxa cai para alarmantes 0,11%, sublinhando claramente como o envelhecimento das estrelas influencia a precariedade da vida dos planetas que orbitam ao seu redor.
Essas descobertas não apenas ampliam nosso entendimento sobre a dinâmica evolutiva das estrelas e suas interações com os planetas, mas também levantam questões sobre a estabilidade a longo prazo dos sistemas planetários em diferentes estágios evolutivos. O estudo contribui significativamente para o campo da astrofísica e proporciona uma nova perspectiva sobre o futuro dos planetas orbitando estrelas em fase de envelhecimento, oferecendo subsídios para a compreensão das complexas relações entre corpos celestes no cosmos.









