Os pesquisadores analisaram informações de mais de 13 mil idosos nos Estados Unidos e descobriram que aqueles que tiveram pais que se divorciaram antes dos 18 anos apresentavam um aumento de 61% nas chances de sofrer um AVC ao longo da vida. Essa associação é alarmante, mesmo após considerar outros fatores de risco, como histórico de abuso físico e sexual na infância.
A cientista social Esme Fuller-Thomson, responsável pela pesquisa, destacou a magnitude dessa ligação, comparando-a a fatores tradicionalmente reconhecidos como de alto risco para AVC, como ser do sexo masculino e ter diabetes. Esses resultados alertam para a importância de considerar não apenas os fatores biológicos, mas também os socioemocionais na avaliação do risco de doenças cerebrovasculares.
O estudo, publicado na revista científica PLOS ONE, lança luz sobre a importância da saúde mental e emocional na prevenção de condições de saúde graves, como o AVC. Essas descobertas ressaltam a necessidade de um cuidado integral e abrangente com a saúde ao longo da vida, considerando não apenas os aspectos físicos, mas também os contextos sociais e familiares em que as pessoas estão inseridas.
Diante desse cenário, é fundamental que profissionais de saúde, políticas públicas e a sociedade em geral estejam atentos aos impactos do divórcio na infância e adolescência e trabalhem para promover ambientes familiares saudáveis e de apoio emocional. A saúde cerebral e o bem-estar emocional devem ser prioridades em todas as fases da vida, visando prevenir doenças e garantir uma qualidade de vida plena e equilibrada para todos.