No total, 370 mil estudantes de 1.383 escolas públicas e privadas estão inseridos em locais de risco climático, o que pode comprometer a educação básica de crianças e adolescentes devido a eventos climáticos extremos como enchentes, tempestades e deslizamentos. Segundo Maria Isabel Barros, especialista em criança e natureza do Instituto Alana, essa situação pode resultar em semanas sem aulas e até mesmo no abandono escolar.
A falta de áreas verdes nas escolas também foi destacada no estudo, que apontou que apenas 26,6% da área ocupada pelas instituições é composta por vegetação. A presença de espaços verdes no ambiente escolar é fundamental para o desenvolvimento integral das crianças, promovendo um brincar mais ativo e benéfico, contribuindo para a sociabilidade e saúde dos estudantes.
Além disso, a pesquisa destacou as desigualdades territoriais, raciais e socioeconômicas existentes nas escolas, com a maioria das escolas em áreas de risco para desastres naturais tendo maioria de estudantes negros. Esses dados refletem as desigualdades presentes na distribuição do verde e no risco das cidades brasileiras, evidenciando a urgência de políticas públicas que garantam um ambiente escolar seguro e adequado para todos os estudantes.