Estudo aponta que primeiro dia sem gelo no Ártico pode ocorrer antes do esperado, impactando ecossistema global. Redução de emissões é fundamental.



Um estudo recente publicado na revista científica “Nature Communications” trouxe uma previsão alarmante: o primeiro dia sem gelo no Ártico pode ocorrer antes do esperado, já no verão de 2027. A pesquisa, que utilizou modelos de computador, revelou que o derretimento total do gelo marinho na região está acontecendo a uma taxa sem precedentes.

Segundo os cientistas envolvidos no estudo, a série de eventos necessários para o completo derretimento do gelo já está em andamento no mundo real. Céline Heuzé, uma das autoras do estudo e professora sênior de Climatologia na Universidade de Gotemburgo, destacou a influência do aquecimento das correntes oceânicas nesse processo, que tem afinado a camada de gelo e provocado seu derretimento por baixo ao longo de todo o ano.

Os resultados do estudo indicaram que, uma vez que o gelo marinho está muito fino, as mudanças climáticas, como ondas de calor e tempestades, são os principais fatores que contribuem para o degelo. Além disso, a perda do gelo marinho no Ártico teria consequências devastadoras não apenas para a região, mas para todo o clima global.

Heuzé ressaltou que o ecossistema do Ártico depende diretamente do gelo marinho para sua sobrevivência, afetando desde algas até ursos polares. A pesquisadora alertou que um dia sem gelo pode desencadear uma série de eventos que levariam a uma perda ainda maior de gelo no futuro.

Diante desse cenário preocupante, os cientistas enfatizaram a importância de reduzir as emissões de gases do efeito estufa para tentar frear o processo de derretimento do gelo no Ártico. Modelos apontam que, se for possível limitar o aquecimento global a cerca de 1,5°C até 2100, ainda há a possibilidade de evitar um Ártico sem gelo.

Portanto, a conscientização e ações efetivas para reduzir as emissões são essenciais para tentar reverter ou minimizar os impactos do derretimento do gelo no Ártico e suas consequências para o clima global. A preservação do gelo marinho no Ártico é fundamental não apenas para a região, mas para todo o planeta.

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