Estudo aponta que pacientes tratados por médicas apresentam menor probabilidade de morte em hospitais dos EUA, revela pesquisa.



Recentemente, um estudo realizado nos Estados Unidos envolvendo 700 mil idosos internados em hospitais trouxe à tona uma descoberta surpreendente: a probabilidade de morte de um paciente é ligeiramente maior quando ele é tratado por um médico homem em comparação com uma médica mulher. Os pesquisadores, liderados pelo estatístico japonês Atsushi Miyawaki e com a participação de renomadas universidades americanas como Harvard e UCLA, também analisaram os riscos de recaída e readmissão hospitalar, revelando disparidades significativas, especialmente para pacientes do sexo feminino.

Os resultados, publicados na revista científica Annals of Internal Medicine, levantaram questões importantes sobre a disparidade de gênero na medicina e a qualidade do cuidado oferecido pelos profissionais de saúde. Mesmo que as diferenças pareçam modestas à primeira vista, quando considerados em um contexto mais amplo, como no caso do Medicare – o seguro de saúde federal para a população idosa nos EUA – as estatísticas mostram diferenças clinicamente significativas.

Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores tiveram que ajustar os dados para uma série de variáveis, como condições de saúde dos pacientes, renda, idade, diagnóstico inicial e nível de especialização dos médicos. Mesmo após os ajustes, as médicas mulheres continuaram se destacando pelo melhor desfecho dos casos, levantando a possibilidade de que haja diferenças na forma como homens e mulheres lidam com o tratamento de pacientes.

Segundo os autores, essa diferença pode estar relacionada a uma subestimação da gravidade da doença por parte dos médicos homens em relação às pacientes mulheres, bem como a uma maior habilidade de comunicação e empatia das profissionais do sexo feminino. Estudos anteriores já haviam apontado diferenças na avaliação de sintomas entre homens e mulheres, reforçando a importância de investigações mais aprofundadas nessa área.

Ao final, os pesquisadores destacaram a necessidade de esforços contínuos para melhorar a diversidade de gênero no mercado de trabalho médico, garantindo que as pacientes do sexo feminino recebam cuidados de alta qualidade. O estudo, mesmo com suas limitações e questionamentos, lança luz sobre uma questão importante e abre caminho para futuras pesquisas que possam desvendar as complexidades envolvidas na relação entre gênero e desempenho médico em ambientes hospitalares.

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