Os participantes do estudo responderam a questionários no início da pesquisa, avaliando a qualidade do sono e queixas cognitivas, como episódios de acordar no meio da noite, dificuldade para dormir e sonolência durante o dia. Além disso, a velocidade da caminhada foi medida anualmente em testes de esteira. Ao final do acompanhamento, os resultados mostraram que 35,5% dos idosos que apresentavam sonolência diurna excessiva desenvolveram sintomas da síndrome em questão, em comparação com apenas 6,7% dos demais participantes.
Embora a pesquisa não estabeleça uma relação de causa e efeito, os pesquisadores observaram que o risco de desenvolvimento de sintomas de perda cognitiva foi três vezes maior entre aqueles que apresentavam problemas com o sono. Para o neurologista Ivan Okamoto, do Hospital Israelita Albert Einstein, a qualidade do sono é essencial para a consolidação da memória, e a sonolência diurna pode indicar problemas na arquitetura do sono noturno.
Distúrbios como apneia do sono, estresse e luto foram apontados como possíveis causas dos problemas de sono observados no estudo. Os resultados reforçam a importância de buscar ajuda diante de sinais de sono de má qualidade para evitar possíveis perdas cognitivas no futuro. Portanto, é crucial que os idosos estejam atentos a esses sinais e busquem acompanhamento médico caso sintam dificuldades com o sono diurno. Siga acompanhando as atualizações sobre saúde em nossa editoria e nas redes sociais.