Estudantes pró-Palestina são detidos em campus universitário dos EUA; acusações de antissemitismo geram polêmica e protestos se espalham.



No último sábado, quase 100 manifestantes pró-Palestina foram detidos e um acampamento foi esvaziado pela polícia no campus da Universidade Northeastern, em Boston. Essa ação faz parte de um cenário mais amplo de protestos que vêm ocorrendo em instituições de ensino superior nos Estados Unidos, com mais de 400 pessoas presas nas últimas semanas por demonstrarem apoio a um cessar-fogo em Gaza.

Os manifestantes têm clamado pelo fim da guerra entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas, além de reivindicarem que as universidades rompam laços com o Estado judeu e com empresas que lucram com o conflito na região. As mobilizações não se limitam somente aos EUA, estendendo-se até mesmo a instituições internacionais, como ocorreu em Science Po, em Paris.

O histórico de ativismo dos estudantes da Universidade Columbia, em Nova York, tem contribuído para a crescente adesão aos protestos, que vêm ganhando força em várias universidades renomadas, como Harvard, Yale, Princeton e MIT. As demandas dos manifestantes são diversas, mas alguns pontos em comum incluem a condenação do que consideram genocídio palestino cometido por Israel, a retirada de investimentos em empresas envolvidas no conflito e o rompimento de parcerias com instituições israelenses.

O debate sobre a liberdade de manifestação nos EUA também tem sido levantado, com o presidente Biden se posicionando a favor do direito de protesto, porém criticando a ocorrência de gestos antissemitas durante as manifestações. Além disso, grupos de estudantes judeus têm participado dos protestos, enquanto outros se sentem intimidadso e optam por não comparecer aos campi.

Em meio a essas tensões, o conflito entre Israel e Palestina continua a mobilizar a comunidade internacional e a criar divisões profundas, não só no Oriente Médio, mas também em diversas partes do mundo, incluindo os campus universitários nos Estados Unidos. A busca por soluções pacíficas e o respeito mútuo entre as partes envolvidas seguem como desafios a serem superados em busca de uma convivência mais harmoniosa e justa.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo