Estudantes da UFAL Protestam Contra Mudança em Linhas de Ônibus que Afeta Retorno às Aulas

Na tarde desta quinta-feira (18), estudantes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) mobilizaram-se em um significativo ato em frente ao Campus A.C. Simões, localizado na Cidade Universitária, na parte alta de Maceió. O motivo da manifestação foi a solicitação pelo retorno da circulação de oito linhas de ônibus que, até recentemente, transitavam nas dependências da universidade.

A recente alteração no trajeto das linhas de ônibus, promovida pelo Departamento Municipal de Transportes e Trânsito (DMTT), entrou em vigor na última segunda-feira (15). As mudanças afetaram drasticamente a rotina dos alunos, eliminando a circulação das linhas 052 – Centro/ Eustáquio Gomes; 111 – Eustáquio Gomes/ Trapiche (via Poço e Prado); 113 – Eustáquio Gomes/ Trapiche (via Centro e Vergel); 604 – Eustáquio Gomes/ Cruz das Almas; 607 – Eustáquio Gomes/ Maceió Shopping; 612 – Forene/ Jatiúca; 615 – Forene/ Mangabeiras; e 706 – Eustáquio Gomes/ Ponta Verde. O impacto destas mudanças foi significativo, gerando uma resposta rápida e organizada por parte da comunidade acadêmica.

Para suprir o vazio deixado por essas linhas, foi criada a linha de integração 4000 – Circular/Ufal. No entanto, apesar da tentativa de mitigação, os estudantes relataram diversas insatisfações. A principal queixa gira em torno da demora no trajeto, além de preocupações sérias quanto à segurança durante o percurso. A sensação de vulnerabilidade e a falta de agilidade do novo sistema foram pontos cruciais abordados pelos manifestantes.

Mesmo com o tráfego dificultado na área devido à manifestação, o trânsito não foi completamente paralisado. Veículos de socorro e emergência conseguiram transitar pela região afetada sem maiores complicações, o que demonstra uma organização para permitir a passagem desses serviços essenciais.

A foto que acompanha esta reportagem, clicada por Erika Basilio, ilustra uma faceta do momento de tensão e união dos estudantes frente às políticas de transporte que impactam diretamente sua vida acadêmica e cotidiana. É evidente que a mudança no transporte público tem um efeito cascata em várias esferas da vida dos estudantes, desde a pontualidade nas aulas até a sensação de segurança pessoal.

O ato realizado pelos alunos da Ufal é um reflexo claro de como decisões administrativas, ainda que tomadas com boas intenções ou como tentativas de otimizar recursos, podem acabar por gerar descontentamento e necessitar de reavaliações. Os estudantes continuam a clamar por soluções que realmente atendam às suas necessidades e esperam que suas vozes sejam ouvidas pelas autoridades competentes.

O cenário se desdobra como uma reivindicação legítima por direitos básicos, evidenciando as complexas dinâmicas entre gestão pública e necessidades sociais, sobretudo em um ambiente acadêmico vital como o da Ufal.

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