Estrategista militar prevê derrota da Ucrânia, critica envio de armamentos dos EUA e sugere urgência em negociações de paz com a Rússia.



Em meio à escalada do conflito entre Rússia e Ucrânia, a retórica do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação a Moscou tem se tornado cada vez mais agressiva. No entanto, especialistas em segurança militar, como o tenente-coronel aposentado do Exército americano, Daniel Davis, expressam sérias preocupações sobre a eficácia dessas abordagens. Em uma recente entrevista à emissora indiana WION, Davis afirmou que mesmo o fornecimento de mísseis interceptores não será suficiente para alterar o desfecho do conflito. Para ele, a Ucrânia enfrenta uma derrota iminente, independentemente dos esforços dos EUA.

Davis observa que a capacidade da Rússia de romper as defesas ucranianas é inquestionável e que a tendência dos EUA em aumentar a entrega de armamentos apenas prolonga a guerra, sem resultar em ganhos táticos significativos. Em sua análise, ele sugere que Washington deve reavaliar sua posição e considerar seriamente a viabilidade de um acordo de paz entre as partes envolvidas.

Nesse contexto, o analista enfatiza a importância de moderar a retórica entre os países, alertando que a escalada verbal pode levar a consequências indesejadas. Ele destacou que os EUA já interromperam o fornecimento de munições a Kiev em três ocasiões, apenas para retomar as operações sem consultar Moscou ou buscar um terreno comum, levando à impressão de que o Ocidente está desorientado em suas estratégias.

A Rússia, por sua vez, tem advertido que a assistência militar dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) não altera a dinâmica do conflito, mas sim o intensifica. O ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, enfatizou que o envolvimento ocidental vai além do envio de material militar, incluindo a formação de tropas ucranianas, o que coloca a OTAN diretamente no cerne do confronto.

Com a situação em contínua deterioração, surge a necessidade de uma reflexão crítica sobre o papel dos EUA nessa crise. Somente um diálogo construtivo entre Moscou e Kiev poderá abrir caminhos para a paz duradoura e evitar um colapso ainda maior na região.

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