A proposta foi formalizada na quinta-feira, 15 de agosto, pelo deputado Capitão Alden (PL-BA), conhecido por suas posições alinhadas ao bolsonarismo. No documento protocolado, Alden exalta a decisão judicial, argumentando que a medida da magistrada é “sensata e respeitosa”. Segundo ele, a suspensão da inauguração não deve ser interpretada como um ato de intolerância religiosa, mas como uma ação que visa respeitar o contexto social e legal do local.
“É importante esclarecer que a questão não se trata de intolerância religiosa, mas sim de aspectos legais e respeito ao contexto social da comunidade”, declarou o deputado baiano, conforme o conteúdo do requerimento. Ele sugere que a decisão da juíza visa proteger o equilíbrio e a harmonia dentro da sociedade, insinuando que a presença da estátua de Lúcifer poderia gerar conflitos ou mal-estar na comunidade de Gravataí.
A iniciativa de Alden foi recebida com uma mistura de apoio e crítica, refletindo a complexidade do tema que envolve a liberdade de culto e expressão religiosa com as normas e sensibilidades locais. De um lado, defensores aplaudem a suspensão e a resolução do deputado como formas de preservar a ordem pública e evitar possíveis desgastes sociais. Por outro lado, críticos apontam que tais ações podem configurar limitações à liberdade religiosa e incentivar a intolerância.
Com a situação ainda em desenvolvimento, a discussão sobre a estátua de Lúcifer em Gravataí não parece próxima de um consenso. Detentores de diferentes visões continuam a debater a questão, sublinhando a necessidade de equilibrar o respeito pelas diversas crenças com os marcos legais e o bem-estar social.