Estados Unidos apresentam resolução sobre Guerra Israel x Hamas na ONU, enfatizando direito de Israel de se defender.



Os Estados Unidos apresentaram sua resolução sobre a Guerra Israel x Hamas no Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, no último dia 24. O país votou contra o projeto elaborado pelo Brasil por não mencionar o “direito de Israel de se defender”. A nova moção, apresentada pelo secretário de Estado Antony Blinken e pela embaixadora americana na ONU Linda Thomas-Greenfield, foi construída sobre os elementos do projeto brasileiro, mas argumentou sobre a necessidade dos países reconhecerem explicitamente o “imperativo dos Estados de se defenderem”.

Blinken destacou os horrores cometidos pelo Hamas, como bebês crivados de balas, jovens caçados e mortos a tiros, pessoas decapitadas, famílias queimadas vivas. Ele questionou a falta de revolta, rejeição e condenação explícita desses atos, afirmando que Israel tem o direito legal e a obrigação de se defender.

A resolução americana também contempla a proteção de civis, afirmando que os palestinos não são representados pelo Hamas e não têm culpa dos atos terroristas praticados pelo grupo, portanto, devem ser protegidos. Blinken também defendeu a entrada de ajuda humanitária em Gaza e mencionou a morte de civis, incluindo os funcionários da ONU, e o pedido de soltura dos reféns.

O secretário também destacou que os Estados Unidos não desejam o alastramento do conflito para outras regiões e não irão aceitar a abertura de qualquer outra frente de batalha na guerra. Ele alertou que responderão de forma decisiva a qualquer ofensiva do Irã ou seus intermediários contra pessoal americano.

A sessão foi marcada por debates acalorados, com a participação dos ministros das Relações Exteriores da Autoridade Nacional Palestina e de Israel. O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou estar preocupado com a violação do direito humanitário internacional em Gaza e exigiu um cessar-fogo imediato. Ele condenou o ataque terrorista do Hamas e defendeu que as ações do grupo não justificam a punição coletiva do povo palestino.

A fala de Guterres provocou indignação tanto em Israel como na Palestina. O chanceler de Israel pediu a renúncia do secretário-geral, afirmando que ele não está apto para liderar as Nações Unidas. O chanceler da Palestina lamentou a inação do Conselho de Segurança em interromper os massacres em Gaza e afirmou que o Conselho tem o dever de detê-los. O presidente da Turquia também acusou o Conselho de agravar a crise em Gaza.

A resolução americana apresentada no Conselho de Segurança da ONU reflete a posição dos Estados Unidos em relação à Guerra Israel x Hamas. Ela destaca o direito de Israel de se defender, a proteção dos civis e a necessidade de solução pacífica para o conflito. Os debates acalorados e as diferentes opiniões expressas mostram a complexidade e a sensibilidade do tema, e a dificuldade em encontrar uma solução que satisfaça todas as partes envolvidas.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo